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Novo modelo de combate às drogas no RS

05-04-2011 02:33

 

Novo modelo de combate às drogas no RS

 

 
Comunicação Portal Social

 

Um novo modelo de enfrentamento da epidemia do crack surge no Rio Grande do Sul. Com recursos próprios, prefeituras gaúchas criam suas comunidades terapêuticas para tratar e reabilitar dependentes químicos.

Duas semanas após a cidade de Bento Gonçalves abrir vagas para o tratamento de pessoas que passaram a usar drogas, o município de Cachoeirinha inaugura hoje a Comunidade Terapêutica Pública Reviver. Em uma área de 11 hectares cercada pelo verde e afastada da zona urbana, 30 homens a partir dos 18 anos buscam uma chance de reinserção.

Sem intervenção medicamentosa, o tratamento de nove meses será acompanhado de uma série de atividades, com o objetivo de livrar a mente do consumo de entorpecentes. Os internos terão a oportunidade de complementar os estudos, participar de oficinas profissionalizantes, trabalhar e plantar.

Como o atendimento é integralmente bancado pela prefeitura, o trabalho será a contrapartida dos internos à sociedade. Produtos agrícolas irão para a mesa da própria unidade e para a de creches e escolas municipais. Fraldas geriátricas, que passarão a ser produzidas, serão repassadas a asilos, gerando economia dos gastos atuais.

Diferentemente do município serrano, que mantém o centro, mas não o administra diretamente (a função é assumida pela Associação Vida Livre, por meio de convênio), a prefeitura de Cachoeirinha é responsável por todo o processo, o que seria uma das iniciativas pioneiras no país. Uma equipe de servidores composta por médico, psicólogo, psiquiatra, enfermeiro, nutricionista e assistente social fará o acompanhamento dos internos.

A criação do centro de reabilitação foi idealizada pelo prefeito Vicente Pires, 48 anos, há alguns anos. Dependente químico recuperado, ele assumiu o projeto como compromisso de vida, depois dos problemas que enfrentou por causa das drogas que consumiu entre os 18 e os 35 anos. Foram investidos R$ 1,2 milhão para a aquisição da área na Avenida Frederico Ritter e R$ 600 mil com a compra de móveis, equipamentos e utensílios. Por mês, o custo de manutenção deve ficar ao redor de R$ 35 mil.

”Queríamos abrir 120 vagas desde o início, mas não fomos contemplados com recursos do Ministério da Justiça. Com o tempo, queremos ampliar, já que a área comporta mais gente e sabemos do impacto das drogas na criminalidade, agressões, abusos e violência”, explica Pires.

Atendimento será apenas a moradores da cidade
O atendimento, que não segue princípios religiosos, é voltado apenas a moradores da cidade. O grupo inicial já estava em tratamento contra as drogas em uma comunidade terapêutica de Montenegro, conveniada à prefeitura. Antes, cada um dos internos passou um período em um grupo de ajuda mútua, nos moldes dos encontros dos alcoólicos anônimos.

”É uma iniciativa modelar, sem dúvida. É importante que, antes do ingresso, cada interno tenha uma avaliação, porque a maioria tem outra condição além da dependência química”, avalia o psiquiatra Carlos Salgado, presidente da Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e Outras Drogas.


Fonte: Zero Hora

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  • Prefeitura do Rio lança cartilha sobre crack (28/04/2011)

  • A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, a partir da iniciativa da Coordenadoria Especial de Prevenção à Dependência Química e das Secretarias Municipais de Educação e Assistência Social lançaram no dia 27/04 uma cartilha com o objetivo de promover a cultura de prevenção às drogas entre os jovens. é destinada a alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos das escolas municipais.

    De acordo com a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, a campanha de prevenção quer chegar aos adolescentes e fazer com que eles discutam o conteúdo da cartilha, na escola, com os professores e orientadores, como também  em sua casa com pais, irmãos e demais parentes.

    “A cartilha dá informações e ao mesmo tempo trabalha a questão emocional dos jovens que, muitas vezes, buscam na droga um complemento para sua baixa auto-estima e sua insegurança. Então é preciso trabalhar a questão de como um jovem pode ser autônomo, se sentir bem e não precisar de qualquer recurso como drogas”, disse Cláudia.
     
    A secretária ressaltou também que a cartilha será trabalhada nas instituições de ensino, após um curso aplicado por técnicos da Coordenadoria Especial de Prevenção à Dependência Química aos coordenadores pedagógicos que orientarão os professores a respeito da melhor maneira de utilizá-la. “O trabalho será feito ao longo do ano. Todas as escolas vão trabalhar em sala de aula, em diferentes disciplinas. É um tema transversal”, complementou.
     
    Ao todo, serão distribuídos aproximadamente 300 mil exemplares nas 478 unidades escolares que têm turmas de 6º ao 9º ano. As cartilhas já estão nas dez coordenadorias regionais de educação da cidade e até o início da semana que vem devem chegar às escolas.

  • Autor:
  • Fonte: JB On line
  • https://www.obid.senad.gov.br