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ADVOGADOS TORNAM-SE AGENTES MULTIPLICADORES DE PREVENÇAO A DROGAS
Receberam seus certificados nesta quarta-feira (1/12), às 19 horas, na sede do Departamento de Investigações sobre Narcóticos – Museu sobre Drogas Psicotrópicas(Denarc), a Primeira Turma de Agentes Multiplicadores do Curso de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas , promovido pelo Departamento de Cultura e Eventos OAB SP e DIPE/Denarc.
Mais de cem advogados concluíram o curso
Mais de cem advogados concluíram o curso e receberam os certificados das mãos do conselheiro e diretor cultural da OAB SP, Umberto Luiz Borges D’Urso e do delegado titular do DIP (Divisão de Prevenção e Educação), Reinaldo Correa. “ O interesse da advocacia foi grande e esperamos no futuro próximo realizar um novo curso, uma vez que é alarmante a dimensão que o uso das drogas ilícitas vem tendo em nossa sociedade”, ressaltou Umberto.
O curso de capacitação de agentes multiplicadores tratou de temas ligado ao universo das drogas, como legislação (Lei 11.343/2006), penetração entre jovens e adolescentes, orientações, tratamentos e educação preventiva. Além de questões legais e sociais, o curso abriu espaço para informações clínicas. A neurociência, por exemplo, relacionada ao uso e dependência das substâncias psicoativas também foi foco de uma das palestras programadas.
“É importante capacitar o advogado como agente multiplicador de informações para que possa explicar para outros segmentos os riscos das drogas, os reflexos negativos que podem ter na vida dos jovens, que cada vez mais cedo são atraídos para seu consumo, conscientizar pais e responsáveis e apontar caminhos para aqueles que se tornaram dependentes e estão perdidos, com reabilitação e reinserção social “, afirmou Umberto D’Urso, que agradeceu a colaboração de delegada de polícia do Denarc, Elisabeth Massuno e do investigador de Polícia Alexandre Avilez na realização do curso.
PRESIDENTE DA OAB SP É CONTRA DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO DE DROGAS
O presidente da OAB SP, Luiz Flávio Borges D´Urso, é contra a realização de consulta pública (plebiscito ou referendo) sobre a descriminalização do uso de drogas no Brasil, cujo debate é defendido pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, alegando que o tema “precisa ser colocado para a sociedade”. Para D'Urso , o alto custo de uma consulta pública não se justifica para esse tema, sendo que a questão das drogas deve ser tratada em três campos distintos: do usuário/dependente, do pequeno traficante e do grande traficante. "O primeiro é questão de saúde, mesmo mantendo-se a proibição e a criminalização. Os dois últimos são problemas de repressão policial e punição", afirma.
D´Urso aponta que “as teses de liberação e descriminalização das drogas, onde foram testadas, só trouxeram frustração a um preço e um custo muito alto para o cidadão e para a sociedade”, completando que nestes casos o resultado foi inverso do esperado, havendo aumento no consumo de entorpecentes.
“Mesmo em lugares em que isto se deu exclusivamente com a maconha, verificou-se um recado simbólico aos jovens, muitos dos quais estavam afastados das drogas exatamente pelo seu caráter criminoso. A partir do momento em que se descriminalizou o que se verificou foi a mensagem a dizer que aquilo “não é mais ruim, é bom”, por que não é mais proibido”, opinou D´Urso.
Para o presidente da OAB SP, todo debate tem caráter positivo, mas é preciso deixar claro que experiências de descriminalização do consumo de drogas não trouxeram resultados positivos em outros países, provando que “o argumento de que vamos liberar que isto resolve o problema da criminalidade é uma falácia e a Holanda que mais caminhou neste sentido hoje está tomando o caminho inverso, contrário e retrocedendo nesta liberação.