por homens melhores

ALCOOLISMO, COMO PRETEXTO PARA AGREÇÃO

30-12-2010 01:59

                                                                                                                                                                                                                                                                                                           Creio que todos nós, já ouvimos relatos de homens que ficaram violentos, após a ingestão de bebidas alcoolicas.


Pelas ruas é normal encontrarmos esses valentões, que encharcados de alcool, querem as vezes brigar até com a própria sombra.

O que é inaceitável, é o fato desses marmanjos beberrões, chegarem em suas casas  e baterem na sua esposa ou nos seus filhos, e ainda se justificarem dizendo que estavam embriagado, como se isto amenizasse seus atos covardes.

Há dados de que, pelo menos 30/3% das mulheres vítimas de violência doméstica, relataram que os maridos, agiram desta forma, após ter ingerido bebidas alcoolicas.

Pelo jeito, tem gente que sabe a que recorrer, quando quer dar de machão.

O pior de tudo, é que as mulheres, muitas delas,se sentem impotentes e sem estrutura, para manter um lar sózinhas, educar os filhos, dar a eles  as coisas que necessitam para sobreviver, estudarem e os encaminharem na vida, ficando assim caladas, sofrendo humilhações e apanhando, as vezes, a vida inteira.

Não concordo com tal posicionamento das mulheres!

Ninguém tem o direito de pisotear o próximo. Não há justificativas para agressões, muito menos imputando ao fato de se estar alcoolizado, a culpa das suas atitudes violentas.  

 

 

 

 Fonte:Notícias OABSP 

 

 

 

 

 

 

 

 

25/01/2009
Eles bebem, elas sofrem

Pesquisa em 8 mil lares do país mostra que metade dos casos de agressão está ligada ao consumo de bebidas

Paloma Oliveto // Do Correio Braziliense

Brasília - "Meu marido é ótimo, mas quando bebe vira outra pessoa". A frase é velha conhecida de quem trabalha com mulheres vítimas de violência doméstica. Frequente na literatura médica, a combinação álcool e agressão foi constatada estatisticamente em uma dissertação de mestrado inédita da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O psicólogo Arilton Martins Fonseca pesquisou 7.939 domicílios brasileiros em 108 cidades com mais de 200 mil habitantes, incluindo o Distrito Federal. A conclusão: em 34,9% dos lares foram constatados casos de agressão, sendo que na metade dos casos, houve envolvimento de bebida. "À medida que rebaixa o senso crítico, o álcool potencializa a agressividade", diz Fonseca. A pesquisa provou que o estado de embriaguez não só favorece mais a ocorrência de atos violentos dentro de casa, como faz com que eles se repitam com maior frequência. Nas casas onde houve registros de agressão contra a mulher quando o homem estava sóbrio, o número de episódios foi menor (veja quadro). "A diferença no tempo da duração da violência é gigante e foi um dos fatores que mais me chamaram a atenção", afirma o psicólogo.

Porém, ele deixa claro que a culpa da violência doméstica não é da bebida simplesmente. "Esse comportamento é inerente ao agressor." A mesma opinião tem a subsecretária da Secretaria Especial de Políticas para a Mulheres, Aparecida Gonçalves. Segundo ela, se o álcool fosse o responsável pela violência, o agressor bateria em qualquer pessoa. No entanto, ele foca a violência na mulher e nos filhos.

De acordo com o autor do estudo, o álcool é uma droga bifásica. A princípio, causa desinibição, que vem seguida pela depressão do sistema nervoso central. Nesta segunda etapa, a pessoa alcoolizada fica sonolenta e com os reflexos lentos. "O homem aproveita a primeira fase, quando está menos crítico e mais desinibido, para resolver de forma violenta coisas que estão engasgadas. Na verdade, ele usa o álcool como desculpa", diz. O pior é que a maioria das vítimas aceita a desculpa. "A tendência da mulher é minimizar a agressão por causa da bebida. Quando existe o álcool, está presente o mecanismo do perdão", constata.

Fonte: O Diário de Pernambuco
https://www.diariodepernambuco.com.br/2009/01/25/brasil4_0.asp                                                                                                                                                                       Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein

Atenciosamente
Equipe Álcool e Drogas sem Distorção

 

 

 

 

Álcool está associado a 30% dos casos de violência contra mulheres

 

 
Comunicação Portal Social

 

Dados inéditos do Ministério da Saúde mostram que a suspeita de ingestão de bebida alcoólica por parte do provável agressor foi relatada por 30,3% das mulheres vítimas de violências doméstica, sexuais e outras violências, durante todo o ano de 2008. Em 62,7% dos casos de violência contra mulheres, a agressão ocorreu em residência e 9,7% delas afirmaram já terem sido agredidas anteriormente.

Do total de 8.766 vítimas atendidas em unidades de referência, 6.236 foram do sexo feminino (71,1%), incluindo crianças, adolescentes e pessoas idosas. Mulheres casadas ou que viviam em união estável representaram 25,6% das vítimas, enquanto que as solteiras responderam por 38,7% dos registros.

Os dados são do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA), estudo realizado em serviços de referência para atendimento de vítimas de violência doméstica, sexual e outras violências, em 18 municípios de 14 estados.

Entre as vítimas do sexo feminino, os casos se concentraram em adolescentes e jovens na faixa dos 10 aos 19 anos (28,8%), crianças de 0 a 9 anos (21%) e mulheres dos 20 aos 29 (19,9%) e dos 30 aos 39 anos (13,9%). As menores concentrações foram identificadas nas faixas etárias de 40 a 49 (7,8%), 60 anos ou mais (4,3%) e de 50 a 59 (3,5%).

“O estudo permite ao Ministério da Saúde, aos estados e aos municípios traçar o perfil das vítimas e dos autores das agressões, para subsidiar ações de enfrentamento a esses problemas, por meio de políticas públicas de prevenção e de promoção da saúde e da cultura de paz”, avalia Marta Silva, coordenadora da área técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde.

Autoria e local
Homens foram responsáveis por 70,3% dos casos de violência sexual, doméstica e outras violências contra mulheres. Os agressores foram parceiros com quem elas mantinham relação estável/cônjuge (18,7%), ex-cônjuge (6%), namorado (2,4%) e ex-namorado (2%), o que revela a violência doméstica.

Em 14,2% dos casos, a violência foi praticada pelos pais, o que também evidencia a violência doméstica ou intrafamiliar. Pessoas desconhecidas (13,5%) e amigos (13,3%) também figuram entre os principais prováveis agressores, segundo relatos das vítimas.
Depois da residência, a escola foi o segundo local de ocorrência mais relatado (11%) de violências contra mulheres, porém com percentual menor do que as fichas sem informação (21%).

Tipos de violência
A violência física foi a principal causa de atendimento (55,8%), sendo 52% em pessoas do sexo feminino e 65,1% no sexo masculino. A violência psicológica ou moral foi responsável por 41,2% dos casos – 49,5% em mulheres e 20,8% em homens.

A violência sexual foi responsável por 31,7% dos casos (39% em mulheres e 13,9% em homens). Negligência/abandono foi registrado em 13,6% do total de atendimentos (11,1% no sexo feminino e 19,6% no masculino). No entanto, em 39,3% dos atendimentos não se verificou nenhuma lesão física.

Ações de combate
Para estimular o enfrentamento dos acidentes e violências, o Ministério da Saúde vem desenvolvendo, junto com as Secretarias de Saúde de estados, de municípios e do Distrito Federal, ações que seguem as Políticas Nacionais de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências e de Promoção da Saúde.

Alguns destaques são os Núcleos de Prevenção de Violências e Promoção da Saúde, presentes em 450 municípios de todos os estados, com investimento anual de R$ 34 milhões e que atua na articulação e implementação de redes de atenção e proteção às vítimas de violência e suas famílias, e o Programa Saúde nas Escolas, presente em 2.549 localidades, e que recebeu em 2009 e 2010 R$ 93,6 milhões.

Para combater o consumo abusivo de álcool e outras drogas e suas consequências, foi criado o Plano Emergencial de Ampliação do Acesso ao Tratamento e Prevenção em Álcool e outras Drogas (PEAD 2009-2010), elaborado pelos Ministérios da Saúde e da Justiça e pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.
“Todas essas ações são desenvolvidas em articulação com outros setores do governo, organizações não-governamentais e setor privado, seja por meio de campanhas que busquem a promoção de comportamentos, hábitos e ambientes seguros e saudáveis, bem como a mobilização e participação da sociedade”, conclui Marta Silva.

Fonte: EcoDesenvolvimento/

 Fonte:www.clicrbs.com.br

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