por homens melhores

Capacitação para tratar dependentes do crack

19-10-2010 03:29


 

PORTAL COMUNICAÇÃO SOCIAL 
A campanha Crack, Nem Pensar, do Grupo RBS, ganhou mais um incentivo no fim de semana, na Associação Educacional Luterana Bom Jesus (Ielusc).
A Comunidade Evangélica de Joinville (CEJ), de Santa Catarina, ofereceu um curso de capacitação para profissionais que trabalham e ajudam no tratamento dos pacientes com dependência química.
“Cuidando dos Cuidadores” teve como objetivo socializar o tema e informar dos malefícios que a droga causa. Além disso, a ideia foi de abordar os métodos de aperfeiçoamento prático e teórico do serviço desses profissionais na forma de lidar com os dependentes. O debate, envolvendo acadêmicos, professores e profissionais da área, tratou dos modelos de gerenciamento para recuperar esses pacientes.
Para Mozart Luiz Vieira, coordenador do serviço de prevenção e tratamento da dependência química da CEJ, a vida do paciente é o ponto de partida para a realização do trabalho.
“Queremos promover um entendimento da doença por parte de todos, mas principalmente que as trocas de experiências dos dependentes ajudem a criar novas formas de pensar e de solucionar casos”.
Uma das palestrantes foi Roseli Nabozny, coordenadora da Comunidade Terapêutica Essência de Vida, que falou sobre a necessidade de informar.
“O tratamento mais eficaz é levar o conhecimento à comunidade. A troca de informações ajuda bastante no combate à droga. Por ser um assunto complexo e delicado, exige cuidado e paciência para ser tratado. Mas é importante que a população saiba o que é a dependência química e como ajudar os pacientes”.
Um dos pontos salientados pela palestrante foi sobre a possibilidade de se expandir os serviços de atendimento público e privado.
“A doença é multifuncional. É preciso identificar qual é o modelo mais eficiente de tratamento de cada paciente, para que assim, possamos encontrar a melhor técnica para ser aplicada. O ideal é que essa assistência possa ser expandida, dando condições ao dependente químico de ter um atendimento de qualidade”, ressaltou Roseli.
 
 
Fonte: Diário Catarinense

 

 

DROGAS TÔ FORA ! 

 

Atividades Sobre Drogas Para Professores

 


É importante que os jovens compreendam o porquê de dizer não às drogas
Infelizmente, um número considerável de jovens já utilizou ou utiliza alguma droga, seja ela lícita, como o álcool e o cigarro; ou ilícita, como a cocaína. Muitas vezes, devido às sensações prazerosas que podem fornecer inicialmente, a pessoa que experimenta uma droga passa a querer novamente seus efeitos e acaba entrando em um círculo vicioso, não conseguindo rompê-lo com facilidade. Assim, seria de grande valia se todos os estudantes, pelo menos uma vez em toda a sua vida escolar, tivessem um momento no qual pudessem se informar acerca deste tema. Este texto tem como objetivo propor atividades para professores de Biologia ou Ciências.
Inicialmente é interessante que haja um momento para se informar acerca dos conhecimentos prévios dos alunos. Uma sugestão seria colocar uma caixa em algum local da escola ou sala de aula, para que sejam depositadas perguntas sobre drogas. O interessante desta estratégia é o fato de que há a possibilidade de se enviar dúvidas anônimas, permitindo com que o aluno tenha espaço para se abrir; e também porque poupa um pouco mais de tempo de aula, que poderá ser utilizado em outras atividades relacionadas ao tema.
Esta caixa deverá ficar em tempo pré-estabelecido. Uma sugestão é que permaneça no local escolhido por uma semana: tempo suficiente para apurar todas as mensagens e planejar a aula de acordo com a necessidade da turma.
Cumpridas estas etapas, o professor deverá conduzir uma aula expositiva, e também dialogada, tirando as dúvidas dos alunos.
Caso tenha as duas aulas seguidas, no segundo horário será interessante realizar alguma “atividade diferente”, como um jogo de perguntas do tipo “passa ou repassa”. Para esta atividade, o professor deverá preparar, previamente, alguns cartões, cada um contendo uma pergunta sobre o tema, e pelo menos três supostas respostas, sendo uma a verdadeira.
Em sala, a turma será dividida em duas. Decidida a equipe que iniciará o jogo, o apresentador (no caso, o professor) pegará aleatoriamente um cartão, lendo a pergunta para o grupo. Os integrantes da equipe poderão responder e, neste caso, ganham pontos se a resposta estiver correta; ou os perdem, caso respondam incorretamente.
Caso haja dúvidas, ou realmente não se saiba a resposta, a equipe poderá passar a pergunta para o outro grupo, que poderá responder ou repassá-la.
Se a pergunta seja repassada, o grupo que iniciou a atividade deverá respondê-la; pagar uma prova, para que se ganhe a pontuação; ou passar seus pontos para a equipe adversária.
Tais provas poderiam ser, por exemplo, criar e apresentar, em cinco minutos: um rap, uma dança, um monólogo, ou uma fala de um governante, dentre outras ideias, contemplando o tema “drogas”. Pode ser interessante também fazer cartões com estas provas, para facilitar o andamento da atividade.
Como encerramento, uma boa sugestão é o vídeo O Monstro, de Fernando Augusto Ferraz Busch, eleito o melhor minimetragem na categoria júri popular do concurso Histórias Curtas, da RBS TV: filial da rede Globo no sul do Brasil. Esta produção conta a história de como um rapaz perde a namorada, os amigos, a família e a própria vida para o crack (o monstro), sendo sua projeção uma possível forma de conduzir os estudantes a uma profunda reflexão sobre os perigos das drogas.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

 

Especialista orienta como as famílias devem proceder com as vítimas do crack

Para deixar as drogas, o psiquiatra alerta que a força de vontade é fundamental, mas é preciso a associação desse desejo com a estrutura necessária, inclusive tratamento

Da Redação do pe360graus.com

Reprodução/TV Globo

Foto: Reprodução/TV Globo

 


O crescimento do uso do crack no Brasil pegou de surpresa as famílias e os especialistas em saúde pública. Em pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios sobre o consumo de drogas no Brasil, 98% das quatro mil cidades brasileiras participantes declaram ter problemas com drogas, incluindo o crack. 

Sobre o estrago das drogas nas vidas da família e o grande uso do crack, o psiquiatra José Carlos Escobar esclarece que o crack se diferencia das outras drogas porque é intenso e fugaz. “Por ser inalado em gás, ele chega muito mais rápido ao cérebro e de maneira intensa, só que em menos de cinco minutos há uma queda na sensação de prazer, fazendo com que o usuário queira novamente a sensação, daí ficar compulsivo e desenvolver características desesperadas”, afirma.

Para deixar as drogas, o psiquiatra alerta que a força de vontade do usuário é fundamental, mas é preciso a associação desse desejo com a estrutura necessária, inclusive tratamento especializado. “Sozinho é difícil deixar as drogas porque esse consumidor perde a noção de si mesmo, por isso é fundamental a assistência médica e terapêutica, além da força de vontade dessa vítima, que é fundamental. Sem força de vontade não é possível deixar o vício”.

O psiquiatra aponta que é o adolescente quem está mais propício ao vício, por estar em processo de transição, mas isso pode variar de acordo com a vulnerabilidade de cada pessoa. E o crescimento do consumo do crack se dá por conta do preço e da intensidade: “É uma droga facilmente encontrada e tem muita intensidade, mas o usuário não entende que se engana porque ela leva a pessoa à miséria também rapidamente”, acredita.

FAMÍLIA
O psicanalista aponta que a comunidade que trata de dependentes foi pega de surpresa com o usuário do crack, que é diferente dos usuários de outras drogas por ter um tempo de tolerância sem a droga menor que os outros, além das crises de abstinência serem mais violentas, e não há remédio eficaz para tratamento: “até o procedimento à vítima do crack ainda está sendo desenvolvido. Com o remédio se diminui a ansiedade e a compulsão, mas é importante a ajuda da família”. Ele acredita que a soma de ações entre a vontade do usuário, a ajuda do estado, tratamento médico e apoio da família é a chave para o tratamento.

Além disso, ele aponta o erro em se investir apenas em locais para tratamento. “Deve haver lugar para receber e tratar a vítima das drogas mas é necessário também as ações preventivas”. E para as famílias vítimas desse problema a orientação é ter paciência, persistência e pulso firme. “Excluí-lo da família não é o caminho. É preciso mostrar amor e proximidade mas ser firme nas ações para o bem do usuário, inclusive com o apoio de algum técnico em saúde”. Com isso, segundo o psiquiatra, é possível que as vítimas de drogas retomem o convívio social e continuem com o tratamento permanentemente.

Quem precisa de ajuda pode procurar os Centros de Referência e Acolhimento ao Usuário de Drogas (Craud), que atendem gratuitamente. O telefone de contato é o 0800 281 6093 (Central de Atendimento Vida Nova). A ligação é gratuita
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Centros de Referência atendem vítimas das drogas gratuitamente

Espaços recebem e encaminham as vítimas, além de atender, com unidades móveis, a moradores de ruas

Da Redação do pe360graus.com

Reprodução/TV Globo

Foto: Reprodução/TV Globo

 


Os Centros de Referência e Acolhimento ao Usuário de Drogas (Craud), ligados ao Governo do Estado, possuem atualmente três locais de atendimento às vítimas de drogas pelo estado: um no Recife, que atende à Região Metropolitana, um no Agreste (Belo Jardim) e outro no Sertão (Floresta). O atendimento nos centros é gratuito e além do espaço para acolhimento, os centros também abordam as vítimas nas ruas, com os consultórios de rua móveis. O atendimento nas ruas funciona entre as 8h e as 20h.

O atendimento dos centros funciona de acordo com a necessidade da vítima, que pode ser encaminhada aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), hospitais de desintoxicação ou centros de internação conveniados ao Estado.

No Recife, o Centro de Referência e Acolhimento atende mil pessoas por mês, das quais 88% são usuárias de crack e 40% moradores de ruas, que são atendidos pelas consultórios móveis. A equipe aborda os moradores de rua sem julgamentos ou poder de polícia: “a gente tenta formar o vínculo com ele e mostra-se como uma forma de ajuda, para que confiem e venham conosco até o centro. Lá verificarmos quais suas necessidades”, afirma uma das técnicas que realiza o atendimento nas ruas do Recife, Priscila.

Do atendimento na rua, os usuários são encaminhados aos locais ideais de atendimento, de acordo com a situação do usuário. “Esses são os serviços de retaguarda”, explica o secretário de Desenvolvimento e Assistência Social do Estado, Acácio de Carvalho (foto 1)

Ele também coloca que hoje esse sistema atende cerca de 3 mil pessoas, mas com a ampliação dos serviços, poderão ser atendidos mais de 21 mil pessoas. “Pretendemos ampliar os Centros de Referência e Acolhimento ao Usuário de Drogas de 3 para 16 espaços distribuídos pelo Estado, além de mais 16 locais para internação e 48 unidades móveis para atendimentos nas ruas, com investimentos totais de R$100 milhões”, explica o secretário. Em janeiro as obras dos Centros serão iniciadas e em 60 dias o atendimento deve começar. 

O secretário afirma que 40% dos usuários que já foram atendidos pelos centros recuperaram-se em cerca de seis meses, mas o tempo de tratamento não pode ser mensurado porque a realidade do lugar e família do usuário variam muito, mas os centros monitoram o tratamento dentro e fora do Centro.

Outras informações podem ser obtidas através do 0800 281 6093 (Central de Atendimento Vida Nova). A ligação é gratuita.
 

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