por homens melhores

CRACK

16-11-2010 18:52

 

Descrição: Droga potente, resultante de uma mistura de cocaína com bicarbonato de sódio e água, que após ???? é inalada, usando-se um cachimbo ou uma lata de alumínio (de refrigerante)

Efeito: A fumaça do crack atinge o sistema nervoso central em dez segundos e dura de 3 a 10 minutos.

Intensa euforia seguida de profunda depressão; o que leva o usuário a fumar novamente para “acabar” com o mal estar.

Causa ilusões de perseguição(paranóia), alucinações, e profunda dependência.

O crack eleva a temperatura do corpo, podendo causar acidente muscular cerebral, a destruição dos neurônios, degeneração dos músculos do corpo, inibe a fome e possibilita a pessoa ficar horas sem dormir.

O usuário de crack apresenta ainda um quadro de extrema violência e são muitas vezes protagonistas de inúmeros crimes.

                            

 
 

 

 O crack: como lidar com este grave problema (I)   

Texto produzido pela Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde

 

Breve panorama do crack

O panorama mundial da difusão do uso do cloridrato de cocaína (pó) por aspiração intranasal esteve associado, a partir da década de 60, à falta de algumas drogas no mercado, como a anfetamina e a maconha, devido às ações repressivas. Contudo, o alto preço do produto levou usuários de drogas à descoberta de outras formas de uso com efeitos mais intensos, apesar de menor duração. Desse cenário, no início de 1980, aparecem novas drogas obtidas a partir da mistura de cloridrato de cocaína com ingredientes cada vez mais incertos e tóxicos. Tempos depois, surge o uso do crack, outra forma fumável de cocaína, disseminando-se no Brasil, oficialmente a partir de 1989, alastrando-se atualmente, em vários segmentos sociais de gênero, sexo, idade e classe social.  

Na produção de crack não há o processo de purificação final. O cloridrato de cocaína é dissolvido em água e adicionado em bicarbonato de sódio. Essa mistura é aquecida e, quando seca, adquire a forma de pedras duras e fumáveis. Além dos alcalóides de cocaína e bicarbonato de sódio, essas pedras contêm as sobras de todos os ingredientes que já haviam sido adicionados anteriormente durante o refino da cocaína. As pedras de crack são vendidas já prontas para serem fumadas. Sua composição conta com uma quantidade imprecisa de cocaína, suficiente para que possa produzir efeitos fortes e intensos. Além disso, para obter a produção final do crack são misturadas à cocaína diversas substâncias tóxicas como gasolina, querosene e até água de bateria.

O uso disseminado do crack no mundo das drogas está relacionado a vários fatores que levaram a uma grave transformação, tanto na oferta quanto na procura. De um lado, o controle mundial repressivo sobre os insumos químicos necessários a sua produção – como éter e acetona – leva os produtores a baratear cada vez mais sua fabricação, com a utilização indiscriminada de outros ingredientes altamente impuros. Quanto mais barata sua produção, mais rentável é sua venda. Por outro lado, o crack representa para a população usuária de drogas um tipo de cocaína acessível, pois vendido em pequenas unidades baratas, oferece efeitos rápidos e intensos. Entretanto, a desejada intoxicação cocaínica proporcionada pelo crack provoca efeitos de pouca duração, o que leva o usuário a fumar imediatamente outra pedra. Esse ciclo ininterrupto de uso potencializa os prejuízos à saúde física, as possibilidades de dependência e os danos sociais. A inovação no mercado das drogas com a entrada do crack atraiu pequenos traficantes, agravou ainda mais a situação, com o aumento incontrolável de produções caseiras, se diferenciando conforme a região do país.

À cocaína é misturada uma variedade incerta de reagentes químicos em sua preparação. O desconhecimento quanto a sua composição pode dificultar, muitas vezes, as intervenções emergenciais de cuidados à saúde nos casos de intoxicação aguda sofrida por alguns usuários. Tais condições, porém, não impossibilitam o desenvolvimento de ações voltadas à saúde e ao bem-estar social da referida população

Formas de uso e seus efeitos  

O crack é fumado por ser uma forma mais rápida (e barata) de a droga chegar ao cérebro e produzir seus efeitos. A pedra é quebrada e fumada de diversas maneiras e em diferentes recipientes: enrolada no cigarro de tabaco ou misturada na maconha – forma que parece amenizar psiquicamente os efeitos maléficos da droga, como o sentimento de perseguição, a agitação motora e posteriormente a depressão. É também fumado em cachimbos improvisados feitos em tubos de PVC ou em latas de alumínio muitas vezes coletados na rua ou no lixo, apresentando possibilidades de contaminação infecciosa. O uso de latas favorece a aspiração de grande quantidade de fumaça pelo bocal, promovendo intoxicação pulmonar muito intensa.   

            São vários os tipos de danos causados pelo uso de crack. Além dos problemas respiratórios pela inspiração de partículas sólidas, sua ação estimulante leva à perda de apetite, falta de sono e agitação motora e, a dificuldade de ingestão de alimentos pode levar à desnutrição, desidratação e gastrite. Podem ser ainda observados sintomas físicos como rachadura nos lábios pela falta de ingestão de água e de salivação, cortes e queimaduras nos dedos das mãos e às vezes no nariz, provocados pelo ato de quebrar e acender a pedra, além de ficar o usuário mais exposto ao risco social e de doenças.

 

 
Por que SP não resolve o problema da cracolândia?
Do abandono das ruas ao desperdício de verba pública, entenda a história de                                          degradação da região no centro e as possíveis soluções
 
 
 
 
Por que SP não resolve o problema da cracolândia? 

O Estado de S. Paulo " Caderno Metrópole

Do abandono das ruas ao desperdício de verba pública, entenda a história de degradação da região no centro e as possíveis soluções

Rodrigo Brancatelli

A cracolândia existe porque São Paulo deixou que aquela área no centro virasse um território autônomo, onde as leis funcionam de forma um tanto diferente, onde é considerado normal fumar crack, onde a procissão de drogados já não causa mais espanto nos paulistanos que acham que o problema das drogas nunca vai chegar a suas casas.

Anos e anos de negligência, gestão após gestão de promessas frustradas, a cracolândia virou a terra de homens e mulheres com cascões de sujeira no rosto e no corpo, escondidos em meio a papelões e cobertores sujos, que raspam a calçada em busca de migalhas que caem dos outros cachimbos. Um lugar onde não há nada além do abandono e da degradação.

O problema da cracolândia começa no fato de que os próprios moradores e governantes preferem não enxergar a região - é como se São Paulo tivesse virado as costas. A iluminação é deficiente, o policiamento é quase inexistente, as calçadas esburacadas, o lixo permanece acumulado... É como se, de fato, o uso de drogas fosse legalizado por ali - um cenário de completa omissão. Em tempo: a Prefeitura tem parados em caixa R$ 10 bilhões.

Atualmente, o governo promete internar de forma compulsória dependentes, construindo um centro de acolhimento onde serão feitos a triagem e o encaminhamento dos viciados. O histórico de promessas e obras da Prefeitura, no entanto, não é dos mais otimistas - 35 intervenções em pontos culturais e turísticos no centro da cidade foram realizados desde 1998, com investimento de R$ 1,2 bilhão. É o equivalente a 13 quilômetros de metrô ou 60 Centros Educacionais Unificados (CEUs). E sem resultado aparente.
  Web site: www.uniad.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10092:por-que-sp-nao-resolve...  Autor:   Rodrigo Brancatelli        
 

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 Que o consumo de crack já se espalhou pelo país (Brasil) todos já sabem, o que não conseguimos entender é a inércia dos nossos governantes que não se empenham ferozmente contra esta praga.

Falta estratégia para o enfrentamento ao uso do crack, falta integração entre União, Estados e Municípios.
Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Municípios, (CNM), incluindo  3950 cidades pesquisadas, 98% delas tem problemas com drogas em geral ou relacionadas ao crack, e menos de 10% tem programas municipais de prevenção ao combate e a dependência.
Vemos pelas ruas, uma quantidade significante de usuários que andam como zumbis, sujos e consumindo crack a luz do dia, emvias públicas, sem se importar com quem passa ao seu lado.
As autoridades parecem estar de mãos atadas, sem saber o que fazer.
O que estão esperando para agir, até quando deixarão nossos jovens  se embrenharem neste caminho sem volta?
Os viciados em crack, não são somente cidadãos das classes D ou E, o numero de usuários da classe A, aumenta a cada dia, será que se chegar a familia de alguem do alto escalão do governo, este arregaçará de verdade as mangas e partirá para uma ofensiva mais enérgica?
Por enquanto todos parecem dizem, ¨vamos deixar como está, para ver como fica.¨ 

 
 
 
 

O tratamento de dependentes de crack

 

 

 Por que existe tanta diferença entre os serviços de saúde pública e privado nos métodos de tratamento de vítimas do crack? Só pela remuneração dos profissionais? Estrutura? Poder aquisivo? Posição social? O crack e os traficantes não selecionam usuários: fazem vítimas em toda a sociedade!

Os métodos são os mesmos e são aplicados por profissionais com formação na área de saúde mental. O que os diferencia é a forma de acesso aos serviços. A rede pública que atende gratuitamente a maior parte da população através do SUS tem aporte técnico qualificado para responder as demandas de álcool e outras drogas. No entanto, apresenta grande dificuldade para o enfrentamento do crack, por fatores como: 

- ser uma droga nova, de enorme potencial de criar dependência e que demanda um período de tratamento especializado e mais prolongado. 

- exige ações de mobilização, criação e oferecimento de novos números de leitos para tratamento e reinserção social; 

- capacitação para os profissionais da área de saúde (Unidades Básicas de Saúde e Programas de Saúde da Família, que são a porta de entrada dos usuários aos demais serviços de saúde) na detecção do consumo de drogas e encaminhamento aos serviços correspondentes; 

- necessidade de acompanhamento social tanto para o dependente químico quanto para sua família, pois nos casos de tratamentos bem sucedidos, uma família presente e continente tem fundamental papel. 

Já a rede privada, excetuando-se a Capital, oferece gama de opções, desde unidades de dependência química em alguns hospitais dos municípios, clínicas especializadas a comunidades terapêuticas. Algumas por valores considerados altos, outras mais acessíveis. O que deve ser ressaltado, é que pelo fato de o serviço ser pago nem sempre garante um atendimento de qualidade, efetivo, e ancorado na legislação vigente (reforma psiquiátrica e de saúde mental). 

Por exemplo, existe a informação que em algumas comunidades terapêuticas não há profissionais técnicos da área de saúde mental (médicos clínicos e psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais etc.) para acompanhamento dos dependentes químicos. Ainda que os especialistas da área afirmem que o tratamento para o crack exige um aprofundamento no tema e uma equipe multidisciplinar.    fonte 
https://zerohora.clicrbs.com.br
 
 
 
 

 

Como saber se uma pessoa próxima está usando crack

O usuário de crack apresenta mudanças evidentes de hábitos, comportamentos e aparência física. Um dos sintomas físicos mais comuns que ajudam a identificar o uso da droga é a redução drástica do apetite, que leva à perda de peso rápida e acentuada – em um mês de uso contínuo, o usuário pode emagrecer até 10 quilos. Fraqueza, desnutrição e aparência de cansaço físico também são sintomas relacionados à perda de apetite.

 Ilustração:  jovem comprando a droga

 

É comum ainda que o usuário tenha insônia enquanto está sob o efeito do crack, assim como sonolência nos períodos sem a droga. “Os períodos utilizando a droga prolongam-se e os usuários começam a ficar períodos maiores fora de casa, gastando, em média, três dias e noites inteiros destinados ao consumo do crack. Neste contexto, atividades como alimentação, higiene pessoal e sono são completamente abandonadas, comprometendo gravemente o estado físico do usuário”, afirma o psiquiatra Felix Kessler.

Sinais físicos como queimaduras e bolhas no rosto, lábios, dedos e mãos podem ser sinais do uso da droga, em função da alta temperatura que a queima da pedra requer. “Também se notam em alguns casos sintomas como flatulência, diarréia, vômitos, olhos vermelhos, pupilas dilatadas, além de contrações musculares involuntárias e problemas na gengiva e nos dentes”, aponta Fátima Sudbrack, coordenadora do Programa de Estudos e Atenção às Dependências Químicas (Prodequi) da Universidade de Brasília (UnB).

 

Comportamento

Falta de atenção e concentração são sintomas comuns, que levam o usuário de crack a deixar de cumprir atividades rotineiras, como freqüentar trabalho e escola ou conviver com a família e amigos. “O dependente apresenta algumas atitudes características, como mentir e ter dificuldades de estabelecer e manter relações afetivas. Muitas vezes apresenta comportamentos atípicos e repetitivos, como abrir e fechar portas e janelas ou apagar e acender luzes”, afirma Laura Fracasso, psicóloga da Instituição Padre Haroldo.

O usuário de crack também pode experimentar alucinações, sensações de perseguição (paranóia) e episódios de ansiedade que podem culminar em ataques de pânico, por exemplo. Isolamento e conflitos familiares são comuns. O dependente pode, ainda, passar a furtar objetos de valor de sua própria casa ou trabalho para comprar e consumir a droga. “O humor pode ficar desequilibrado em função do uso ou falta da droga. O usuário alterna entre estados de apatia e

agitação”, diz Fátima Sudbrack

Fonte: .

 https://www.obid.senad.gov.br