por homens melhores

O preço da vida fácil

14-10-2010 14:54

  A curiosidade pelas coisas desconhecidas pode ser muito perigosa. Sempre haverá surpresas aguardando quem age neste ímpeto, poderá chegar a coisas boas e agradáveis ou a decepções. O modo de vida de algumas pessoas as vezes causa este tipo de curiosidade.

 

 João; ele era um destes tipos de gente, jovem, bonito, cheio de saúde de sorriso fácil e bem querido com todas as pessoas do seu círculo de amigos. Ele trabalhava, namorava, passeava...era feliz!

 

 Para satisfazer a sua curiosidade, experimentou maconha, e gostou, foi-lhe apresentado cocaína, ele “pirou”, mas ele era “esperto” e não se deixou viciar, passou a almejar coisa “maior, melhor”.

 

 Olhando para outros ao seu redor, ele decidiu traficar; afinal, quem vende tem outro estilo de vida, e “patrão”, tem “poder”.

Começou então a galgar neste caminho, e não foi difícil começar, fazer sua clientela.

 

 Muitas vezes passava a noite toda pelas ruas e ia até o raiar do dia neste suposto trabalho. Como o dinheiro vinha com certa facilidade, e ele já estava conseguindo comprar celulares caros, roupas de marca, o melhor tênis, as mais incrementadas bikes, sentia que estava tudo bem, e não admitia que vendia desgraças para os outros, que estava destruindo vidas, que oferecia aos outros sonhos e prazeres passageiros, enquanto os jogava na sarjeta, e é nessa sarjeta que hoje se encontra Ademar. Quando o conheci jamais pensei que o veria na situação em que se encontra hoje.

 

Ademar era forte, bem apessoado, higiênico, estava sempre límpido e se preocupava muito com sua aparência, barba feita e cabelo cortado.

Rapaz trabalhador; quantas vezes o-vi trabalhar doze ou mais horas por dia para que pudesse oferecer conforto a sua esposa e filhos; mas, a curiosidade o pegou também.

 

 Começou andar com usuários de drogas dizendo que andava com eles, mas que não fazia as mesmas coisas sentia-se forte e capaz de recusar as ofertas e oportunidades de usar das mesmas substâncias. Durou pouco tempo a resistência de Ademar, logo estava fumando maconha, usando cocaína e chegou ao crack.

 

 Aquele rapaz de muitas qualidades começou a se envolver e foi se distanciando da esposa, dos filhos, dos amigos e do trabalho.

Perdeu o emprego, foi preso por furto, a esposa o abandonou levando com ela os filhos; ele está acabado, parece um farrapo humano, fica pelas ruas dia e noite, quase não toma banho e se alimenta só do que lhe dão ou do que consegue nos lixos.

 

Quanto ao João, que pensava estar subindo na vida e na hierarquia do tráfico, foi morto a tiros por um dos seus “amigos” mais chegados.

E aí o que você acha? Compensa trilhar neste caminho sombrio, não é melhor ser “careta”, trabalhar honestamente, ter pouco, e viver intensamente?

 

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